encontrem regiões arenosas no Prata ou argilosas no Amazonas; falo apenas do que é geral e predominante.

A montanha do Paredão, que deixei descrita, ficou aí isolada no meio do plateau central para com seus grés vermelhos nos indicar a história da formação dos vales do norte, assim como as inscrições rúnicas foram providencialmente conservadas para nos transmitir a memória das primeiras emigrações da família humana no começo dos tempos históricos.

Ao tempo do descobrimento do Amazonas era a raça tupi que predominava nessas regiões, com o nome de tupinambá. Por vestígios arqueológicos de louça e outros artefatos, por vestígios de línguas, eis aqui o meu modo de pensar a respeito das raças que povoam essa região:

Encontram-se os vestígios de uma raça antiga, que ninguém sabe de onde e nem como veio parar aí; encontram-se, mais, vestígios de uma emigração posterior, que não deve datar de mais de 800 anos, de tribos que desceram dos Andes; encontram-se ainda vestígios da emigração para aí dos tupinambás, emigração que é quase contemporânea do descobrimento da América. Como muitas vezes acontece nos tempos históricos, os últimos emigrantes constituiram-se raça preponderante. Não tenho dados suficientes para deixar fora de dúvida a história destas emigrações, e não dou a minha opinião a este respeito como coisa certa, e sim como provável.

VI

Navegação a vapor

Não será fora de propósito dar ao leitor uma ideia geral da atualidade das comunicações entre estas regiões.