aqui.
O jabuti disse:
— Então venha me buscar.
O macaco desceu, carregou o jabuti para cima; lá o deixou. O jabuti permaneceu aí dois dias, por não poder descer.
NOTA — Talvez falte também alguma coisa neste episódio, porque se não compreende bem qual a razão deste encontro do jabuti com os macacos.
V
O jabuti e de novo a onça
NOTA — Posto em cima da árvore, de onde jabutis não podem descer, e aparecendo ali a onça com fome, a situação do jabuti era crítica. A onça disse-lhe que descesse; ele compreendeu que, se recusasse, a onça subia e o agarrava lá; por isso, pediu à onça que o aparasse com a boca, o que ela fez de boa vontade, pois era o meio pronto de comer o jabuti; em vez porém, de saltar-lhe na boca, ele lhe saltou no focinho e assim a matou.
Um jabuti grande pode pesar até quatro quilos e caindo do galho de uma árvore, digamos de cinco metros de altura, podia sem dúvida matar a onça. Neste episódio, como em outros, o pensamento parece ser o seguinte: a inteligência unida à ousadia vence situações que parecem desesperadas.
A onça apareceu por ali. A onça olhou para cima, viu o coitado do jabuti e disse assim:
— Oh! jabuti, por onde tu subiste?
O jabuti respondeu:
— Por esta árvore de fruta.
A onça, com fome, replicou:
— Desce!
O jabuti assim falou:
— Apara-me lá; abre a tua boca, para que eu não caia no chão.
O jabuti pulou e foi de encontro ao focinho da onça; morreu a diaba. O jabuti esperou até depois de apodrecer, e tirou sua frauta. Então o jabuti se foi, tocava sua frauta e assim