cantava:
— A minha frauta é o osso da onça: ih! ih!(23)Nota do Autor
V
O jabuti e outra onça
NOTA — O pensamento desta lenda é o mesmo da antecedente. Não escapará ao leitor a firmeza com que o jabuti altera a canção, que injuriava a onça, até que viu um buraco junto ao qual a podia cantar impunemente.
Não estará aí contido o pensamento seguinte: — quando quiseres injuriar teu inimigo, vê primeiro se estás em situação em que ele te não possa fazer mal?
Outra onça ouviu e veio ao jabuti. Perguntou a ele:
— Como é que tu tocas bem tua frauta?
O jabuti respondeu:
— Eu toco minha frauta assim: A minha frauta é o osso do veado, ih! ih!
A onça disse:
— A modo que não foi assim que eu ouvi você tocar.
O jabuti respondeu:
— Afasta-te daqui um pouco; de longe escutarás mais bonito.
O jabuti procurou um buraco, pôs-se na sua porta e tocou sua frauta:
— A minha frauta é o osso da onça, ih! ih!
A onça, quando ouviu, correu para agarrar ele. O jabuti meteu-se pelo buraco do chão. A onça meteu a mão dela, agarrou apenas a perna dele. O jabuti deu uma risada e disse:
— Pensou que agarrou minha perna e apenas agarrou