4° Crens e [ou] guerengs [guerens], nos sertões de São Paulo, Paraná e Bahia, cartografados com a cor de laranja.
5.° Parexis [parecis] e [ou] paregis [posagis], nos sertões de Mato Grosso e Pará, marcada no mapa sua região com tinta azul.
6° Guyatacá [goitacás], cognominados por Martius — os corredores das florestas — antigamente nas regiões de Campos, estado do Rio, hoje nos sertões da Bahia e Sergipe, marcada na carta com tinta azul-ferrete a região por eles ocupada.
7º Aruac [aruaques] e [ou] aruaquis [aruacos], nas matas dos Estados do Amazonas e Pará, marcada sua região com tinta verde claro.
8° Guaicurus [lengoas], os Cavaleiros, nas solidões do Grande Chaco, na república Argentina e na Bolívia, e no estado de Mato Grosso, Brasil, às margens do rio Paraguai.
§ 6.° - LÍNGUAS BRASILEIRAS
Na Chronica da Companhia de Jesus, do padre Simão de Vasconcellos, e nas de alguns outros escritores, está dito que o Brasil encerrava mais de cem línguas americanas entre os aborígines.
Nenhum deles, porém, diz em que se fundou para essa dificílima afirmação que, aliás, julgo extremamente exagerada.
Dos que estudaram a América do Sul, é o alemão, grande naturalista, dr. Carlos Frederico Philippe von Martius [Karl Friedrich Philipp von Martius] o único que, com dados positivos, podia dizer quantas línguas americanas tem a terra que habitamos, depois de a havermos conquistado dos aborígines.
Ele, porém, não o disse e ninguém o pôde ainda dizer, porque ninguém o sabe.