Tradução:
Terra minha venturosa,
De meu pai ora escolhida,
Por morada, junto dele
Passar quero toda vida.
Gentios bravos dos matos
Foram os maiores meus;
Mas eu, que peço o batismo,
Quero ser filho de Deus.
Creio que os jesuítas da República Argentina, do Paraguai e da Bolívia adotaram também os cantos e danças do cateretê para festas religiosas entre os índios, pelo menos para as de Santa Cruz, porque assisti em Corrientes e Assunção celebradas com ele, como se faz até hoje nos sítios e povoados interiores do Brasil.
A música desses cantos indígenas, preservada até hoje pelos nossos caipiras, que a maior parte de nós, que nos criamos em fazendas, ouvimos em nossa infância, é de uma beleza e melancolia tão profunda que desperta na alma a mesma sensação que a afeta quando percorremos as solidões silenciosas de nossas florestas, ou as campinas imensas do interior, cheias de cachoeiras alvas e semeadas de capões de mata, cobertos de palmeiras.
O versejar desses homeros do povo é, em geral, extremamente melancólico, e, como disse atrás, é pena que São Paulo não tenha tido ainda um Silvio Romero ou um Garrett para coligir e publicar o seu cancioneiro popular, em versos e música, enquanto a música e o versejar italiano, que não são nacionais, os