plantas, assim como a do cacau, tão importante hoje como artigo de exportação. Ainda é cultivada exclusivamente por eles aquela planta mais rica em teína do que o chá e o café, e com cuja baga preparam os pães de guaraná, tornando-se a tribo de maué, que habita o vale do Tapajós, famosa entre as outras pela excelência deste produto, que começa hoje a ser notado nos mercados europeus.
Não conheciam só os rudimentos da agricultura; as primeiras intuições de química já lhes tinham aparecido; foi com eles que aprendemos esse processo de adubar o solo por meio de queimadas, processo destruidor e bárbaro, não duvido, mas com o qual temos enriquecido, sem o qual seria talvez impossível a agricultura em nossas matas, e que ainda é o mais geral em todo o Brasil.
Sabiam também extrair alguns princípios símplices das plantas, entre os quais a tapioca.
Conheciam processos de fermentação, pelos quais preparavam excelentes conservas alimentares e próprias para estômagos enfraquecidos pela ação de miasmas paludosos; entre outras, citarei os bolos de carimã, com os quais quase todos nós fomos alimentados durante o período de nossa infância.
Portanto, tinham não só atingido o período de agricultura, mas já não estavam muito na infância, e prova-o o termos nós adotado muitos dos seus processos, que, se não são os mais conforme com a química agrícola, são os mais fáceis, e, pois, os mais práticos para nós, dadas as circunstâncias em que nos achamos.
Não há, entretanto, o menor vestígio que esses homens tenham sido pastores, nem mesmo que tenham domesticado uma só espécie zoológica brasileira, para ser sua companheira na vida sedentária que deviam levar