Alimentação sertaneja e do interior da amazônia: onomástica da alimentação rural

há opiniões contrárias, mas informa o Dr. F. Pompêo da Amaral (Alimentação — Conferência, 1941, p. 19) que o prof. Geraldo Horácio de Paula Souza e seu assistente Dr. Alex. Wancolle, atribuem ao "largo uso que se faz do azeite de dendê, — excelente fonte de provitamina A —, na cozinha baiana, o bom aspecto que oferece o brasileiro daquele Estado, embora das classes mais pobres, a reduzida frequência da lepra naquelas paragens, onde todas as circunstâncias parecem favoráveis ao seu desenvolvimento".

4 — O feijão, considerado indigesto

Considerado "comida de sustança", pelo povo, e muito estimado principalmente pelas crianças, por adolescentes e trabalhadores em geral, não é fácil substituir o feijão, se é que tenha de o ser, por outro alimento; informa Pompêo do Amaral que uma tentativa de suprimi-lo, em uma escola de Jacareí, quase motivou uma greve dos alunos.

Para as classes mais pobres, o feijão chega a ser considerado comida para doente, dieta sui generis, como já informei em minha Biogeografia Dinâmica (p. 227).

No Norte há um feijão "acalenta-menino" que dizem ser dieta para crianças; aliás, no Tocantins, outra dieta de doente é o "caribé de farinha branca"; vide também "carimã", no glossário final.

5 — O Rendimento do Trabalhador depende da Alimentação

Tratando do assunto, o Dr. F. Pompêo do Amaral (1.c. p. 25), alude a uma interessante experiência de um engenheiro que, na construção de uma estrada de ferro

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