do mesmo nome; este posto foi porém atacado em 1813 pelos índios carajaís e xambioás, que dele se apoderaram, praticando horrível morticínio. A mulher do comandante Francisco de Barros, tendo presenciado a matança da maioria dos soldados, tomou os dois filhos nos braços e foi com o auxílio de uma canoa, em busca de seu marido, que os selvagens haviam arremessado no rio, depois de o haverem feito desfalecer a cacetadas. Conseguiu ela agarrá-lo pelos cabelos com uma das mãos e com a outra governar a canoa. Escondendo-se por entre as plantas aquáticas, essa corajosa mulher esperou a escuridão da noite para subir o rio contra a corrente. Mataram-lhe a filha nos braços, mas salvaram-se com ela o marido e o filho, que é hoje o major Pacífico Antônio Xavier de Barros, comandante das armas em Goiás, onde vim a conhecê-lo. Por esse mesmo tempo atacaram os selvagens algumas canoas na parte baixa do rio, exterminando em seguida as tripulações. Todos estes desastres tiveram origem no fuzilamento de vários índios xambioás pelo comandante do Forte de São Leão. Desde então o rio não mais foi frequentado pelos cristãos, a nós tendo cabido a satisfação de abri-lo novamente aos viajantes.
Passemos agora ao Tocantins. É aos paulistas que os historiadores portugueses atribuem o descobrimento deste rio, a princípio explorado nos seus afluentes mais meridionais. Em 1625, um frade capuchinho, Frei Cristóvão de Lisboa, partiu de Belém, subindo o rio Tocantins. Em 1669, Gonçalo Pais e Manuel Brandão percorreram as duas margens do rio, desde a foz até a sua confluência com o Araguaia.
Em 1673, Pedro César de Meneses, governador do Pará, enviou uma expedição armada contra Pascoal Pais de Araújo, oficial paulista, que no ano anterior havia reduzido ao cativeiro uma tribo de grajaús. Essa expedição foi pouco depois convertida em viagem de exploração de