que se encontra muitas vezes nas dos babuínos(1). Nota do Autor Esta curiosa personagem trazia o uniforme de capitão; era de resto um homem bastante devotado, e que em várias circunstâncias tinha dado provas notáveis de bravura. Isso lhe valera o comando da cidade fronteiriça de Casalvasco. Era bem difícil ficar sério diante das genuflexões e das demonstrações de extraordinário respeito que ele tinha para com um subtenente branco, seu subordinado. Tínhamos sabido que, por uma consideração muito especial do nosso hospedeiro, deveríamos jantar ao lado das principais damas da localidade. Esta exceção aos costumes dos brasileiros era em parte também devida ao fato de ser a esposa do comandante, homem superior sob todos os pontos de vista, natural de Buenos Aires. Estávamos bastante impacientes pelo momento de sermos apresentados às senhoras, quando o dono da casa, tomando-me pelo braço, disse-me que o jantar estava na mesa. Levou-nos então para uma grande sala de refeições, onde, em cima de uma comprida mesa, estavam todos os produtos da zona. Num dos lados da mesa estavam agrupadas umas doze mulheres muito bem vestidas, quase todas mulatas e com a aparência de grande acanhamento em face dos estrangeiros. Os convidados tomaram os seus lugares, depois de ter mudado de roupa; mas não havia proporção entre o número deles e o das cadeiras e pratos, de modo que muitos tiveram de ficar de pé, enquanto outros se sentavam dois no mesmo assento. A parte feminina da assembleia era neste particular a mais desprotegida; às vezes três mulheres sentavam-se numa mesma cadeira, ao passo que outras se utilizavam dos joelhos de suas companheiras. Três e até mesmo quatro comiam no mesmo prato, ao mesmo tempo que os mesmos copos tinham de fazer a volta e servir a várias