para Belém, que grandes quantidades de açúcar são exportadas para Cuiabá e que para Minas Gerais é mandado muito fumo, além das manadas de porcos.

O descobrimento dos sertões meridionais da província de Goiás data de 1670, sendo geralmente atribuído a Manoel Correia, natural de São Paulo. Dois anos depois, Pascoal Pais de Araújo, filho desta mesma província, atravessou inteiramente Goiás e foi penetrar em terras do Piauí e do Pará. Em 1682, Bartolorneu Bueno da Silva entrou em contato com os índios de Goiás, juntamente com seu filho Bartolomeu Bueno, o qual voltou à região em 1722, à testa de uma expedição, percorrendo grande parte da província. Como os seus predecessores, ia este aventureiro à procura particularmente do ouro, chegando a obter uma certa quantidade desse metal no rio Vermelho, que ele próprio descobrira. Tendo, passados três anos, precisado voltar para São Paulo, alguns de seus companheiros, em 1726, construíram algumas choças às margens do rio Vermelho, lançando assim as fundações da futura cidade de Goiás. Levados pela sua desapiedada cobiça, não tardaram muito a exterminar os índios cujo nome foi dado ao local, de modo que atualmente deles não resta o menor traço.

A província de que nos ocupamos fica na parte mais central do Império do Brasil; é limitada ao norte pela do Pará, embora as suas fronteiras deste lado estejam ainda mal definidas, não se sabendo se ela termina no rio Pucuruí ou no Tacanhunas. Da província do Maranhão é ela separada pelos rios Manuel Alves Grande e Tocantins. A Serra Geral separa-a do Piauí, de Pernambuco e de Minas Gerais. Essa cadeia de montanhas começa no Maranhão e vai terminar na comarca do Rio das Mortes, recebendo várias denominações ao longo de sua extensão, tais como Serra de Gucaruaguas, das Figuras, das Mangabeiras, do Duro, de Tabatinga, etc. Do lado de Minas Gerais o limite corresponde às serras de São Domingos, de Santa Maria,