serem levadas ao mercado de Belém do Pará; está também situado a oeste do rio Vermelho.
Os lagos Vermelho, do Campo, do Jacaré e da Barra, todos de grande extensão e muito ricos em peixe.
Finalmente, o lago Furado, a leste do rio do Peixe, que contém notável quantidade de mexilhões (itãs) de concha muito semelhante à da ostra peroleira.
Dizem existir no distrito de Anta, aberta em rocha calcária, uma espaçosa caverna, conhecida pelo nome de Morro dos Macacos. Segundo informam ainda os habitantes da zona, a abóbada dessa gruta, durante o mês de agosto, deixa minar uma substância oleosa e de sabor picante, que seria curioso examinar. No distrito de Ouro Fino há, diz-se, uma gruta de que se pode extrair o salitre. Outras cavernas, sobre as quais não se possuem informações precisas, parece existirem ainda no distrito de Rio Claro.
Todas as terras desse julgado são férteis, exceção feita de algumas partes pedregosas e áridas. Nos distritos de Anicuns, de Campinas, de Pilões, de Curralinhos, de Canastras, e nas vizinhanças do lago dos Tigres, estendem-se grandes matas virgens, onde o solo é muito apropriado ao crescimento das plantas mais cultivadas no país, tais como o algodão, o café, o fumo, a cana-de-açúcar, o arroz, o milho, o feijão, a mamona, a mandioca, etc. As ribas dos rios Turvo, Verde, Meia Ponte, Claro, Uruu e do Peixe oferecem aos criadores extensas pastagens, boas tanto para o gado bovino como para os cavalos. O trigo, o centeio e a cevada cultivam-se também em alguns lugares.
No termo de Goiás Foram feitas muitas concessões de terras; não obstante, muitos habitantes se apropriaram de áreas que não podiam cultivar, do que resulta ficarem os vizinhos mais próximos a distância de três, quatro, cinco ou mais léguas. Encontram-se também muitas taperas, ou sítios abandonados, bem como, em alguns lugares, restos de antigas catas de ouro, sob a forma de grandes escavações,