O naturalista no rio Amazonas - T1

hastes, folhagem ou modo de crescimento apareciam na orla da floresta que era atravessada pela estrada que percorríamos, todas eram cheias de atrativos para os recém-chegados, cuja última excursão campestre, em data muito recente, tinha sido realizada nos brejais frios do condado de Derby, numa manhã de chuva e geada de abril.

Como continuássemos o nosso passeio, começou o breve crepúsculo e da vegetação em torno nos chegavam os múltiplos sons de uma vida multifária. O zangarreio das cigarras, o canto estrídulo dos grilos e esperanças, cada espécie com a sua nota particular; o coaxar plangente das pererecas, tudo fundido num soído contínuo: a expressão audível da profusão prolífica da natureza. Com o cair da noite muitas espécies de rãs e de sapos dos alagadiços próximos vieram juntar-se ao coro: seu coaxar e martelar, muito mais alto que qualquer outro que eu tinha ouvido até então, juntando-se aos demais ruídos, faziam um alarido quase ensurdecedor. Mais tarde verifiquei que esse rumor nunca cessava completamente, dia e noite, mas com o decorrer do tempo eu

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