da bateia diretamente para a fossa, colocar-se, na passagem, uma outra bateia, que se deixa flutuar sobre a água e na qual se recolhe tudo que escapa da primeira.
Os depósitos ali acumulados são então apurados duas ou três vezes. Pode-se garantir que por este meio se consegue recuperar a décima parte, no mínimo, do ouro apanhado na segunda bateia. Assim que não pague mais a pena continuar com esse trabalho, passa-se a lavar o material acumulado na fossa. Esta lavagem se efetua geralmente no fim do ano, ou quando a fossa, tendo se enchido de lama, não permite mais o trabalho da apuração.
A lama é extraída e transportada para a canoa, onde é apurada nas mesas dormentes. Como o ouro se apresenta sempre muito fino nesses resíduos lamacentos e falcilmente pode ser arrastado pela água, as mesas devem possuir uma inclinação muito pequena e ser cobertas com um número duplo de couros ou de baetas felpudas, alguns dos quais flutuarão sobre a superfície da água. Por este processo a água se escoa entre uns e outros, aderindo as folhetas de ouro, em suspensão, às baetas, que sobrenadam. Estas são lavadas frequentes vezes, e o produto é apurado nas bateias.
BRITAGEM E PULVERIZAÇÃO DAS ROCHAS AURÍFERAS COMPACTAS(216) Nota do Autor
Em virtude das razões já mencionadas neste livro, o mineiro não gosta de dispender tempo ou dinheiro no aperfeiçoamento de seus serviços.