Prefere gastar quatrocentos mil réis com a compra de um escravo, a dispender cem com a aquisição de maquinismos, que poupariam o serviço de dez escravos. Por causa disto, se encontram sobretudo em lastimável estado os serviços de pulverização das rochas auríferas.
Na maioria das lavras esses serviços são feitos por processos manuais. Os escravos sentam-se no chão, colocando entre as pernas uma pedra dura e compacta — diorito, quartzito ou diabásio — sobre a qual fragmentam o minério com ajuda de uma espécie de malho de ferro, de cabo de madeira curto. Como os pedaços de minério devem ser reduzidos a pó fino, o trabalho se faz muito lentamente, exigindo muito tempo.
Passa-se, então, à pulverização, que é feita do seguinte modo: o escravo toma com a mão esquerda os pedaços mais graúdos e coloca-os em uma bigorna de ferro, onde são fragmentados a golpes de um malho mais pesado, de seis a oito libras. A produção é muito pequena, não ultrapassando de alguns centner o minério pulverizado em um dia de trabalho.
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