Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 1

Do bulinete a água lamacenta era conduzida por uma calha a duas mesas dormentes, onde se distribuía em partes iguais. Essas mesas possuíam, cada uma, três palmos e meio de largura por nove de comprimento(226). Nota do Tradutor

Um reservatório recebia a água lamacenta, nele se depositando as areias finas arrastadas pela mesma. Esta, contendo ainda areias finas, era dirigida para uma outra caixa de depósito, localizada fora do edifício.

Em seguimento aos planos inclinados(227), Nota do Tradutor existia um reservatório amplo, destinado à lavagem dos couros e das baetas, construído de modo que a água depositada pudesse alimentar uma das mesas durante a lavagem dos couros ou baetas da outra.

Assim que o acúmulo de lamas no bulinete atingia o máximo, o que geralmente se dava de dois em dois dias, devia-se parar o engenho, a fim de proceder-se ao serviço de rebaixamento. Os couros ou as baetas são lavados mais frequentemente.

Para a apuração final aplicava-se ao bulinete uma calha e, com pequenas vassouras, arrastava-se para a mesma toda a massa contida no mesmo, a qual, através de um orifício aberto na parede, ia depositar-se em uma caixa munida de um alçapão, dentro de um compartimento fechado, a fim de protegê-la contra os roubos dos escravos.

Nesse depósito permanecia até ser apurada por meio das bateas, voltando o tailling de novo para os pilões.

Se os depósitos de lavagem dos couros ou baetas estivessem cheios de material, este era de novo passado nos bulinetes, que se ficavam ao ar livre, em plano inferior ao dos depósitos.

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