Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 1

minas de ouro floresciam, o que se deu em torno de 1750, calcula-se, conforme as tabelas da Capitação e do Censo das Indústrias, que cerca de 80 mil pessoas se entregavam à exploração do ouro, o que constituía, então, a terça parte da população. Em 1820, esse número baixara para cerca de seis mil, porque, desde 1813, de que pude organizar as tabelas das lavras em atividade, estas têm diminuído extraordinariamente em número, razão pela qual os serviços de mineração dão ocupação apenas à 85ª parte da população.

Naquele tempo, o Quinto montou a 118 arrobas, que baixaram para sete em 1819 (não se pode tomar como base o ano de 1820, porque grande quantidade de ouro foi então comprada pelos bancos). O Quinto diminuiu, assim, na poporção do número de pessoas empregadas na mineração.

Adotando-se a mesma proporção para as outras províncias, conclui-se que Goiás, cuja mineração também floresceu em 1750, e contava então com a população de 30 mil almas, das quais dez mil(229) Nota do Autor empregadas na mineração do ouro, devia pagar um Quinto de 40 arrobas, quantia que não se afasta muito do cálculo exato para 1753, em que se arrecadou o maior quinto, na importância de 44 arrobas.

Hoie em dia, em que a população atingiu a 60 mil almas, ocupando-se especialmente com a lavoura, porque desapareceu o ouro superficial, devia existir ali, de acordo com a proporção de Minas Gerais, cerca de 760 mineiros e uma arrecadação de duas arrobas, o que não se dá, pois, no último ano, não chegou ela a atingir uma arroba.

A primeira arrecadação, que teve lugar em Goiás no ano de 1730, montou a duas arrobas. Desse ano em diante ela aumentou progressivamente até 1735, em

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