de Minas Gerais, que foi conservada no Arquivo da Junta de Fazenda de Vila Rica, e onde se encontram dados sobre o imposto do ouro no período de 1701 a 1777, dados esses utilizados por mim nesta oportunidade.
De 1777 a 1807, cai-se de novo na obscuridade e, se algum Governador obteve algum esclarecimento a respeito, guardou-o para si. Somente com muito trabalho pude colher, nos livros de registro, dados exatos para o período de 1808 a 1820.
De outras províncias não pude obter absolutamente nada, a não ser um e outro informe, mencionado na história dos primeiros tempos e que, por se referir somente a descobertas excepcionais, não pode servir de regra para a produção total.
Comparando-se a população dessas províncias com a de Minas Gerais e, por essa população, calcular-se a produção do ouro, pode-se obter apenas algum indício, que só terá utilidade enquanto não se conseguir esclarecimentos mais precisos através dos registros.
Essas comparações, porém, não podem valer para a Província de São Paulo, não só por que o distrito aurífero era e é bastante limitado, mas ainda por que os seus habitantes se acuparam mais com a agricultura, ou procuraram enriquecer-se com expedições aventurosas nas províncias recém-descobertas. Além disto, parece que a riqueza das minas de ouro dali foi pouco considerável, visto que não se celebrizaram como as de outras províncias.
Tomando-se assim a população como base para o cálculo do ouro extraído, obtém-se os seguintes resultados, baseados nos quais avaliei a produção das outras províncias.
A província de Minas Gerais tem hoje em dia a população de 514 mil almas. Ao tempo em que suas