Tendo descido o rio Doce, chegaram ao Espírito Santo, onde, por ordem do Rei, foram bem acolhidos pela Administração, que lhes forneceu víveres e roupas, auxílio este que a munificência real prestava a todos aqueles que demandavam o interior do país.
O próprio Arzão entregou ao Capitão-Mor três oitavas de ouro(18), Nota do Autor de que foram feitas duas memórias, uma das quais ficou com o Capitão-Mor e outra com o citado Arzão.
Este voltou para Taubaté, onde veio a morrer em consequência das agruras da viagem. Entregou, porém, o roteiro da viagem ao seu cunhado Bartolomeu Bueno, homem que, no ano de 1670(19), Nota do Tradutor se dirigira ao interior de Goiás, na caça aos índios, e a quem Arzão animara no sentido do prosseguimento da empresa.
Bartolomeu Bueno acedeu prontamente, pois, vivendo na miséria, em consequência das prodigalidades de uma vida luxuosa, julgou ter encontrado o meio mais apto para aliviar a sua situação precária.
Em companhia, pois, do Capitão Miguel d'Almeida e outros, dirigiu-se para aqueles sertões, balisando-se pelas montanhas indicadas no citado roteiro. A sorte não lhe foi muito favorável, porém, voltando, em 1695(20), Nota do Tradutor somente com pequena porção de ouro(21), Nota do Tradutor que remeteu ao Governador do Rio de Janeiro.