para outro campo de iniciativa comercial bem mais próximo de nós. Conquanto reconheçamos a importância da construção do Canal do Panamá, é possível que consigamos chamar a atenção do público para milhares de quilômetros de estradas líquidas onde a bandeira norte-americana constitui curiosidade rara; e, em pleno delírio de uma prosperidade nacional sem precedentes, o relato de um fracasso de gente nossa poderá servir para refrear um pouco seus excessos.
Disse Thoreau: "Se pela coragem convertermos em tragédias os nossos fracassos, não nos parecerão eles diferentes dos êxitos". Os que lerem o naufrágio do "Metrópolis", a odisséia dos dois minúsculos rebocadores fluviais despachados em viagem marítima, diretamente de Filadélfia ao Pará, numa distância de 3.200 milhas, bem como a história dos 221 homens que perderam a vida em terra e no mar, numa tentativa malograda de abrir o interior do continente sul-americano ao comércio internacional, convencer-se-ão de que há muito de tragédia e de coragem nos sucessos que vamos narrar.
Os bons resultados de certas empresas derivam, frequentemente antes do ilimitado dos recursos que da competência e da experiência de seus executores. Toda a história constitui uma longa e interminável prova de que "a calamidade é a verdadeira pedra de toque do homem". O insucesso e o desastre logo diferenciam o fraco e covarde do homem capaz de se sacrificar em prol de uma causa cuja importância se superpõe ao bem-estar daqueles que se encarregaram de a levar a termo. O resultado inevitável é delinear-se rapidamente o destino dos que não estão à altura