afirma um destacado escritor, "estabeleceu-se no país e agrupou todas as famílias nobres em torno das dez mil minas de prata então abertas".
Os tesouros que de Potosí e de outras minas afluíram à Espanha "exerceram remarcada influência na história europeia e forneceram grande parte dos recursos que habilitaram a Espanha a lançar seus exércitos contra a França, a Holanda e Portugal, cair sobre os turcos em Lepanto e ainda equipar a Invencível Armada contra a Inglaterra. Em recursos minerais, talvez seja a Bolívia o país mais rico da América do Sul.
A produção primitiva de suas minas, conquanto muito bem controlada, ainda assim parece inacreditável. Possui ricos depósitos de ouro, prata, cobre, estanho, chumbo, mercúrio e sal-gema. Jazidas carboníferas estão sendo atualmente exploradas e sabe-se que também há minério de ferro no país.
Só as minas de prata de Potosí, desde que foram descobertas em 1546, até 1864, produziram a fabulosa soma de 5.839.798 contos de réis. E não se pense que tais recursos minerais já se acham esgotados. As barreiras naturais quase intransponíveis que impedem o transporte de maquinaria adequada, o espírito revolucionário, a indolência, a ignorância e a pobreza do povo têm contribuído eficazmente para manter inexploradas as riquezas bolivianas. Contudo, existem provas abundantes de sua existência".
Escrevendo de La Paz ainda há muito pouco tempo, o correspondente de um grande periódico norte-americano assim se exprimia:
"O minério extraído de Potosí, Cerro del Pasco e outras minas famosas, é tão rico que comumente