mar, bem como de receber maquinário adequado para a exploração das minas, é possível que se operasse na região um renascimento capaz de lembrar o fabuloso Eldorado dos velhos tempos."
Nos últimos anos tem-se notado remarcado aumento na produção das minas e, num dos últimos trabalhos históricos(2) Nota do Autor dados a público, leem-se as seguintes afirmativas:
"A produção de prata aumentou rapidamente, atingindo 30 mil contos de réis em 1885, na presidência Pacheco e 40 mil em 1888 com Acre no poder. Potosí ainda produz três milhões de onças por ano e as grandes minas de Huanchaca excedem em muito a produção da primeira, colocando a Bolívia em terceiro lugar entre os países produtores de prata. Seus recursos, porém, jamais poderão ser proveitosamente utilizados enquanto não se descobrir uma saída praticável para o mar."
Conquanto enorme a riqueza mineral da Bolívia, ainda assim constitui ela apenas uma parte de seus recursos naturais. Possui, ainda, o país, vastíssima região decididamente fértil e irrigada por caudalosos rios, além de clima que se exprime por todas as variações térmicas imagináveis, desde os gelos eternos dos Andes, até o calor tropical das baixadas. Dentro de seus limites geográficos, a Bolívia produz quase todos os cereais, legumes, frutas e variedades de carnes que se costuma encontrar nas zonas tórrida e temperada. Os animais empregados no atual sistema de transporte ou necessários ao fornecimento de vestuário e alimento, são criados descuidadamente, quase que sem despesa. Nas florestas existe caça farta e em seus rios caudalosos abunda o pescado.