e carga eram transportados em vapor até Chililaya, através do lago Titicaca, num percurso de 177 km e daí, por uma estrada de rodagem relativamente boa e plana, com 72 km de extensão, a La Paz, na Bolívia. Em 1892 terminou-se a construção de uma estrada de ferro de bitola estreita (75 cm) entre o porto chileno de Antofagasta e Oruro, na Bolívia, com um percurso total de 922 km, mas, à vista das fortes rampas e das curvas excessivamente fechadas, os trens só podiam correr durante o dia, e, portanto, gastavam 72 horas para cobrir essa distância.
Pelo tratado feito com o Chile, a 21 de outubro de 1904, este país se comprometeu a construir uma estrada de ferro entre Arica e La Paz.
Várias outras ferrovias foram projetadas, mas até hoje continuam apenas no papel. As acima referidas diminuíram, em grande parte, as dificuldades de transporte entre a cordilheira e o Pacífico, mas, forçoso é lembrar-se de que La Paz, Puño e Oruro estão todas situadas na bacia do Titicaca e em altitudes superiores a 3.600 metros sobre o nível do mar. Os óbices que se teriam de vencer para levar os trilhos de qualquer dessas ferrovias até as planícies bolivianas, à direita dos Andes, seriam tão grandes que nenhum volume de tráfego, presente ou futuro, nos autorizaria a crer que tais estradas jamais viessem a fazer concorrência ao tráfego que por natureza pertence aos grandes cursos fluviais de que a Bolívia é abundantemente provida.
As estradas de ferro do interior da Bolívia desempenharão, sem dúvida, papel de considerável relevância no desenvolvimento futuro do país, mas terão sempre função puramente local, agindo, de