êxito da legião de eficientes pesquisadores empenhados na cruzada tão auspiciosamente iniciada, ou mesmo apenas citar os nomes dos que contribuíram, direta ou indiretamente, para o estabelecimento e verificação da teoria da infecção malárica atualmente aceita por todos os homens de ciência. As principais etapas dessa grande conquista da ciência foram as seguintes: antes da descoberta de Laveran, Crawford em 1807 e Notts, em 1847, tinham sugerido a hipótese da infecção pelo mosquito. Em 1883 King e Koch, baseados nessa ideia, avançaram até o ponto de formular teorias sobre o assunto. Em 1894 Laveran tornou conhecidas suas conjeturas nessa mesma direção e, ainda naquele ano, Manson chegou isoladamente a uma conclusão que tinha muito de comum com as idéias externadas pelos seus predecessores.
O conhecimento de que atualmente dispomos do ciclo vital do parasito malárico, a identificação do mosquito que transmite a infecção e a prova rígida da teoria inicialmente concebida por Koch, tudo isso devemos às laboriosas pesquisas feitas durante anos a fio pelo Major Ronald Ross, quando ligado ao Serviço Médico dos Índios, da Grã-Bretanha. Conquanto o Major Ross tivesse iniciado em 1881 seus estudos sobre a malária, somente em 1898 foram seus esforços coroados de completo êxito, provando acima de qualquer possibilidade de dúvida a legitimidade de sua teoria sobre a forma de infecção da moléstia. Nenhuma exposição de sua teoria poderá ser mais clara que a que lhe saiu da pena ao redigir uma conferência sobre "Os Progressos da Medicina Tropical", feita em Liverpool a 12 de janeiro de 1905. Assim dizia ele: