O Brasil

e fortaleza para a afirmação dessas qualidades nacionais.

Logo após à posse da terra, assinala-o Capistrano de Abreu, diversos núcleos de portugueses se constituíram no meio dos índios, adaptados aos costumes da terra.

E na língua que falamos prevaleceu essa influência, quer nos nomes dos lugares, dos animais nativos, das plantas, dos frutos, acidentes geográficos, rios, lagoas, quer na prosódia com que se distingue a fala do Brasil da de Portugal.

Portugal colonizou o Brasil, mas não poderia ter sido o seu verdadeiro "povoador", porque lhe faltava a matéria-prima, gente, na proporção necessária. Na população do Brasil que em 1822 se destacou de Portugal a dose de sangue português era inferior a 30%. Nos primeiros anos aportam aqui exploradores de acaso, três ou quatro portugueses mais notáveis de existência referida na história. Vêm depois as explorações regulares, com a instituição das capitanias. São remessas relativamente insignificantes, se as compararmos às hordas de gentio com que elas se encontram. E desde que a podemos apreciar, em vida e ação, a nova sociedade nos aparece como núcleos de portugueses já muito misturados aos naturais, em relação com fortes massas de índios na tradição de seu viver primitivo.

Nas tropas havia sempre corpos exclusivamente de índios, com quadros que eram geralmente cinco a dez vezes mais numerosos que os dos brancos. A flecha era arma oficial em cujo manejo os próprios europeus se adestravam.

O negro, agregado imediatamente ao colono, dá maior valor aos núcleos, mas só pode ser contado para diminuir a proporção do sangue português.