no trabalho dos escravos índios. Em 1580 só havia na colônia 8.000 negros africanos e já se contavam 130 engenhos, produzindo para a exportação 70 mil caixas de açúcar.
Segundo as estatísticas vulgarizadas em 1628 e assegurando que os primeiros escravos africanos entraram no Brasil em 1548, sob Tomé de Souza, o número de escravos nessa época era apenas de 30 mil; em 1755, sob o Marquês de Pombal, foram liberados os escravos índios que representavam um terço da totalidade dos escravizados. Conclusão: 127 anos antes, os africanos seriam quando muito 15 mil. Ora, quando o Brasil estava já feito de São Vicente ao Pará, pelo litoral, esses mil negros não seriam quantidades importantes na respectiva população que se caracterizava pela caboclagem. A quadra decisiva da importação de negros foi o século de 1750 a 1850. Já existia o Brasil. O africano refletiu aí muito sensivelmente as suas qualidades na população já feita, sem desviá-la, no entanto, das suas linhas definitivas.
No segundo quartel do século passado — 1835 — a proporção no total de 3.500.000 habitantes, aproximadamente,era de 58,5% de brancos, e o resto 17,5% de mestiços. Não se contavam aí, para nenhum cálculo os índios. Graças às entradas de imigrantes, a um maior desenvolvimento dos brancos que fruíam, certamente, melhores condições de vida, e também por efeito das multiplicadas uniões mistas, em 1872 a quantidade de negros puros se mantém a mesma, em torno de dois milhões, ao passo que a de brancos e mestiços subia a 3.800.000 cada uma, na proporção, em cifras rápidas, de 20% de pretos e 40% para cada uma das outras classes. Em 1890 os negros puros sobem de 100 mil, somente, os mestiços vão a pouco mais de 800 mil, ao passo que os brancos vão a 6.300.000 deslocando-se