estabelecimento em Pernambuco já foi em contestação com o francês, e se o português primava em tenacidade e sobranceria guerreira, aquele lhe respondia em teimosia e brio militar. Por mais batido que fosse, o francês refazia os recursos, dobrava o esforço e voltava; o bom auxílio do gentio era mais um motivo para insistir: animava, adestrava a caboclada, acendia-lhe o ódio contra o português, e conduzia os seus exércitos a novos combates: Bertioga, Rio de Janeiro, Cabo Frio, São Gonçalo, Rio Real, Paraíba, Tejucupapo, Rio Grande do Norte, Ibiapaba. Com isto, a ação contra os franceses repercutia na índole das populações coloniais, unidas para a necessária defesa.
Vencidos os franceses em Villeigaignon, quatro das suas naus se dirigiram a Recife e tentaram um esforço sobre Pernambuco.
Antes mesmo da grande campanha sustentada contra os portugueses, já as gentes de Pernambuco haviam sentido os duros efeitos da influência francesa junto ao gentio: o terrível ataque dos Caetés foi acoroçoado e dirigido pelos franceses. O grande perigo, porém, foi quando, desencadeada a guerra contra os Potiguaras, além destes, tiveram os franceses o concurso dos valorosos Tabajaras. A capitania de Pero Lopes e a de Duarte Coelho conheceram outros momentos dramáticos.
Estava, nessa altura, Portugal incorporado na coroa de Castela, e mais se agravou o caso porque, nos primeiros embates sérios, a campanha foi sacrificada pelos dissídios dos dois capitães Frutuoso e Costejon.
Com os Potiguaras tinham os franceses levantado grandes exércitos, temíveis pela bravura do gentio, a maestria do comando e a qualidade das armas. Sob as ordens de oficiais franceses, os valentes caboclos serviam-se dos canhões como aguerridos europeus. E