da colônia, em manifestações das suas energias. Os próprios colonos tinham bem a consciência de que a boa defesa da terra se devia aos brasileiros.
Pelo tempo da luta na Paraíba ainda é muito moço o futuro Albuquerque Maranhão, mas em 1595 já ele aparece ao lado de Manoel Mascarenhas, e depois será a figura principal na conquista do Rio Grande do Norte, para dirigir e assistir, dali, a ação de Soares Moreno no Ceará. Com ele está o irmão Jorge Albuquerque. É nesse influxo que se resolve definitivamente a situação no Norte, a qual, até aquele momento, tem sido apenas dilatada e adiada. Gentios e franceses se afastam, com a colonização que avança. Por intermédio de Jerônimo de Albuquerque fazem-se as pazes com o forte e melhor do gentio Potiguara. Essas tribos, agora, vão ser o contingente sensível na população estável da colônia. A presença dos franceses para além do Potengi obrigou o Governo Geral a fazer conquistar e fortificar o Ceará, onde Soares Moreno estabeleceu o centro da sua boa atividade. Conquistou antes de tudo a amizade do gentio; mas por si mesmo ele sempre foi um segundo Jerônimo de Albuquerque, com a sua inteira confiança a ponto de que, para aprestar a conquista do Maranhão, o mesmo Jerônimo manda-o a fazer o respectivo reconhecimento.
A longa experiência daquelas guerras lhe tinha deixado a convicção de que toda a vitória estava em obter a boa vontade das tribos. Apesar de ter sido companheiro de Pedro Coelho nunca foi suspeitado pelo gentio. Frequentava as tabas, amava-lhes os costumes, e tinha extensas relações com todas as nações daquelas paragens. Destacado para a empresa sob os auspícios de Jerônimo de Albuquerque, dão-lhe como recurso dez soldados, um padre, um sino e os paramentos da missa. Nesse caráter de "capitão de catequese" ele vai, mete-se com os índios, ganha-os definitivamente,