e leva-os a reconhecer a autoridade de Portugal, fazendo pazes com muita gente da colônia.
Converteu o gentio todo em amigos fiéis, tirando das tribos os 5.000 frecheiros de que se ufanava. À frente dos soldados índios nas suas causas, tomava navios dos mesmos franceses de quem eles foram antes aliados constantes. Foi nesses oito anos que Soares Moreno teve que se apresentar nas vistas de seus comandados. Daí a lenda de que ele se vestia e se paramentava como índio. O Ceará foi a grande escola desse capitão que teve de contender fortemente com os franceses e depois com os holandeses.
Assim, desde que ele privou, a terra foi definitivamente do Brasil. Em 1615 ainda há uma investida de franceses, mas basta o vigário Baltazar Correia para os repelir.
OS FRANCESES NO MARANHÃO
Antes mesmo de se desenganarem do Ceará, estavam os franceses no Maranhão, mais animosos do que nunca, confiantes na aliança do grande morubixaba Ovyrapire, estimulados pelas façanhas do célebre pirata Riffant, senhor de toda aquela costa.
Em 1594 traz o pirata uma grande expedição, em três navios. Perde o maior, e após contratempos, vem deixar no Maranhão os restos da aventura. Desde então preocupam-se os portugueses com os franceses no Maranhão. A expedição oficial de La Ravardière é de 1612, mas bem antes, ainda no tempo de Henrique IV, e por ordem deste, estava ele no Maranhão, donde voltara tão animado que não poupou esforços para vencer as dificuldades resultantes nas terras de Tutóia que explica a expedição de catequese em 1607, com os padres Pinto e Figueira.