O Brasil

tomaram o caminho da pacata e modesta rua de Santa Alexandrina. Floriano recebia‑os, ouvia os seus planos, de pleno acordo com o movimento projetado, bem no seu papel de sucessor legal do governo. Sabia-se que as forças do Exército, nas unidades mais representativas, não estavam de acordo com a reação, e era Floriano, numa tácita aceitação, o centro dessa resistência. Destarte, bastou um tiro do Aquidaban, e Deodoro, desiludido dos falazes apoios às suas pretensões ditatoriais, abatido por doente, enfadado da politicagem em que se metera; bastou um tiro que, sem o intimidar, lhe deu o ensejo de reconhecer que lhe faltavam elementos de força para a possibilidade de vitória, e Deodoro entregou o poder ao sucessor legal, que, no caso, valeu como chefe da política republicana. Houve, certamente, na atitude de Deodoro, o ânimo de não abrir uma guerra civil, pois que a 23 de novembro ele não se encontrava como Pedro I a 7 de abril, inteiramente abandonado. Conheciam-se corpos que, chamados a reagir contra o movimento chefiado por Custódio, teriam vindo lutar em prol da situação dominante.

A reação recebeu Floriano como inimigo declarado. Desde os primeiros dias do seu governo, ele teve de defender-se contra os botes insidiosos, expressão de uma vasta trama para afastá-lo. Os mais representativos dos deodoristas multiplicaram os ataques — Seabra, Epitacio...ao mesmo tempo que se repetiam as tentativas de sedição militar — Santa Cruz, 10 de abril...No entanto, a luta armada contra o grande alagoano foi levantada pelo mesmo chefe militar do movimento de 23 de novembro, Custódio, ministro, no ministério organizado nesse dia. Tombem foi desse governo Antão Faria, representante da facção republicana rio-grandense em oposição a Castilhos. E foram esses rio-grandenses