distância de treino político, o destino, para criaturas iguais, deu resultados absolutamente divergentes. Recatados ambos, nem um nem outro foram os provocadores do movimento revolucionário em que agiram, mas Feijó, feito na política,com situação parlamentar, achou-se, desde o primeiro momento, em necessária atividade, e, político de sempre, enleiado nos preceitos da mesma política, considerou como dever garantir o governo, que era o da revolução, num regimen de legalidade e de ordem. Confiante em si, acreditou poder, nesse mesmo regimen de legalidade, realizar os intuitos da revolução, e, por isso, teve de lutar contra os legítimos revolucionários; então, vencendo-os, aniquilou as melhores forças da democracia, e encontrou-se, depois, com a reação já desafrontada, destemida e que o bateu. Enquanto isto, Floriano, que não interveio de nenhum modo na organização da República, e não tem responsabilidade das suas deficiências, só encontrou em situação política pela própria sorte da mesma República, quando teve de lutar e de enfrentar a reação anti-republicana. Desta sorte, tudo que restava de bem inspirado na política republicana, e a mocidade ardente em inspiração de um Brasil brasileiro e democrata. Tudo isto, em energias irredutíveis, veio para ele, Floriano, que venceu, finalmente, quando o enleiado Feijó teve de confessar a derrota, na grandeza daquele gesto com que deixou o poder soberano, que nada significava para ele, uma vez que, na ilusão da legalidade, tudo lhe falhara, até tombar nas mãos dos companheiros da véspera, salvas pela sua energia. E Feijó, às portas da morte, ainda veio ser revolucionário, quando fora sua primeira política — ataque aos que, revolucionariamente, queriam realizar a revolução.
Floriano achou-se, também, como defensor da legalidade; os critérios curtos quiseram ver na sua enérgica