O Conselheiro Francisco José Furtado: biografia e estudo de história política contemporânea

terror na comarca. Depois de ter o cair da noite de 25 de novembro de 1837, alvorotado e alegre, discreteado em uma casa de bilhar com os amigos as boas novas que recebera da capital, voltava o infeliz Teixeira Mendes para casa, inerme e acompanhado apenas por um jovem, quando ao passar pelo largo da Matriz foi às 9 1/2 horas acometido por dous assassinos, que o mataram após desesperada e corajosa luta."(*) Nota do Autor

VIII. — Concebe-se o que sentiria o órfão com tão medonhas consequências da reação no poder, que na província que adotara arremetia-lhe o lar doméstico, tornava-lhe a mãe viúva, ele próprio órfão pela segunda vez, e para sempre separado de um sincero amigo e desvelado protetor, levantando entre ambos a fria lousa de um sepulcro ensanguentado!

IX. — As revoltas no Pará, S. Pedro do Sul e Bahia; a amargura dos últimos dias de José Bonifácio, patriarca da Independência; enfim a maioridade erão fatos que surgiam da luta entre o velho e o novo regímen; eloquentes brados do mais sincero patriotismo soltavam vencedores os liberais, fazendo uma revolução que arrancava a coroa a D. Pedro I, e pouco depois outra para firmá-la na cabeça do próprio filho, o Sr. D. Pedro II...

Seria de interesse vital para o sossego e prosperidade do Brasil, e para a estabilidade da única monarquia americana, que nunca fosse esquecida a grande lição, que encerram tão famosos acontecimentos.

X. — Cursava ainda as aulas acadêmicas, quando Furtado, no quarto ano jurídico, foi redator principal

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