teve de regressar, padecendo as perdas e os horrores que o senado conhece; morrendo de cólera nessa cruel retirada dous distintos oficiais, o coronel Camisão e tenente-coronel Juvencio, dos quais tive a honra de ser amigo.
E devo dizer que, sem prova irrefragável, não posso acabar de crer, que um oficial inteligente e bravo, porém muito prudente e circunspecto, como o coronel Camisão, tivesse tentado sem ordem superior o louco cometimento de invadir o Paraguai com uma coluna tão pequena e sem cavalaria. Os mesmos ofícios dele, de fevereiro e abril deste ano, que o nobre ministro da guerra aqui leu, demonstram isto: julgava-se inabilitado para tomar a ofensiva sem primeiramente reunir-se à força superior que estava na capital. Como, pois, o oficial que julgava indispensável essa junção para tentar a ofensiva, tomá-la-ia com um terço da força e sem ter cavalaria, e vendo, como ponderava nos ditos ofícios, que os Paraguaios, muito bem montados, vigiavam de perto a coluna brasileira por ele comandada?
Houvesse, porém, ou não houvesse ordem (não sei quem a deu nem quero averiguá-lo), que culpa tem o ministério de 31 de agosto desta invasão, se as ordens que dera foram para a defensiva e só a ofensiva no caso de ser possível? Como se pode deduzir, desse fato, que o gabinete de 31 de agosto não tinha plano nem sistema algum em relação à guerra? A injustiça não pode ser mais clamorosa.
Ainda quando tivéssemos dado ordem para que a coluna fosse tomar a ofensiva, estávamos fora do poder há mais de dous anos, e aos nossos nobres sucessores cabia julgar se convinha ou não, e quando, que a coluna tomasse a ofensiva; e nenhuma responsabilidade pode caber-nos pelo desastre da invasão pelo