O Conselheiro Francisco José Furtado: biografia e estudo de história política contemporânea

Apa, nem a arguição da pretendida falta de plano e sistema na direção da guerra.

E pois que o ilustrado senador pela província de São Paulo lembrou-me uma memória, que escrevera no princípio da guerra, para esmagar-nos com essa poderosa clava, eu peço licença à S. Exa. e ao senado para apreciar alguns pontos dessa memória aqui citada, somente na parte pertinente ao plano de campanha, a estrada pela qual se devia seguir para Mato Grosso e aos meios de obter força.

Antes de tudo devo dizer ao senado, que a mencionada memória me veio às mãos sem assinatura e não nos foi remetida pelo seu ilustrado autor.

Quem me a deu, para que eu e meus ilustres colegas a examinássemos, disse-me que era obra do nobre senador. A esse tempo já os decretos sobre voluntários da pátria e sobre a guarda nacional, que eram os principais meios com que o gabinete de 31 de agosto contava levantar forças para debelar a guerra injusta, com que à traição o Paraguai acometeu o Império, estavam lavrados; estavam também assentados quais os pontos de ataque, que eram: tomar a ofensiva pelo Sul atacando Humaitá, e quanto a Mato Grosso socorro à capital, ameaçada, guardando a ofensiva para quando fosse possível.

Examinamos, todavia, a memória com toda a atenção, que nos merecia e merece a ilustração do seu nobre autor; e pelo estudo que fizemos, apenas podemo-nos achar de acordo com S. Exa. quanto ao ponto objetivo do ataque pelo lado do Sul, Humaitá. Não podemos concordar com ele, nem quanto à ofensiva em Mato Grosso, nem quanto à estrada que S. Exa. indicava como a melhor nem, finalmente, quanto aos meios de aumentar o exército.

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