Quanto à província de Mato Grosso, eu já disse ao senado que S. Exa. julgava que se devia tomar a ofensiva, ao passo que o gabinete de 31 de agosto julgava semelhante empresa perigosa e mesmo impossível, porque não tínhamos tropas que pudéssemos enviar em número suficiente para tentar com êxito a ofensiva; a que havia, e íamos levantando, era pouca para acudir o Sul, onde, como sabe o senado, estávamos ainda em guerra com o governo do Estado Oriental; quando a guerra estivesse ali terminada, os perigos, que nos podiam vir daquelas bandas, eram de tal ordem que não podíamos deixar de ter lá numerosa força; perigos que escuso de enumerar.
Ora, sem ter um exército suficiente para as exigências do Sul, distrair forças para Mato Grosso, onde já não podíamos chegar a tempo de impedir a invasão dos paraguaios; tomar a ofensiva antes de Humaitá ter sido tomado, ou pelo menos fortemente investido, de modo a obrigar os paraguaios a tirarem parte de suas forças de Mato Grosso, fora sacrificar a coluna que o tentasse, como aconteceu com a que empreendeu fazê-lo.
Os fatos vieram em apoio da opinião do gabinete contra a do ilustrado senador, e fizemos muito em não havê-la seguido:
Quanto à estrada a seguir, S. Exa., depois de haver percorrido os rios Madeira, Tapajós, Pirapanema, Tietê e outros, depois de haver enumerado as cachoeiras, os saltos de cada um, as obras necessária para vencer as dificuldades de forma a torná-las acessíveis, etc., concluio que todos eram impraticáveis, que somente restava praticável a estrada da Constituição em São Paulo, marchando a expedição dali para Santana de Parnaíba e deste ponto para Miranda. Mas se o ponto de Miranda já estava invadido, ou podia