Que faz porém o Sr. Visconde de Olinda, presidente do conselho? Repete a injúria, dizendo por escrito à Câmara, que não lhe reconhece o direito de intervir na direção da política do país.
Tal é, sr. presidente, a única significação razoável que pode ter esse ofício; e assim recusando-se o ministério à discussão, e estando a fechar-se a tribuna, eu não julgo oportuno que mais aqui tratemos do sucesso de 29 de setembro; apelemos pois para a imprensa se não nos privarem também deste recurso (numerosos apoiados). Já ontem se fizeram muitas prisões, segundo na casa se informa, de pessoas que trabalharam nas últimas eleições municipais, e que foram expiar nas masmorras o crime de não ter saído presidente da municipalidade o Sr. José Clemente Pereira (numerosos apoiados).
À vista deste fato não sei se, privando-nos da tribuna, não nos quererão também privar da imprensa. Enquanto porém não formos recolhidos às prisões, enquanto algum meio legal nos for tolerado por um gabinete, que se esquece até do próprio decoro, procuraremos esclarecer a nação.
Mando à mesa a seguinte moção:
Proponho que se cace à outra parte da ordem do dia, declarando na ata o seguinte:
Que havendo-se organizado o ministério atual em o dia 29 do mês passado, e havendo tratado com evidente menosprezo a representação nacional, deixando de comparecer nesta Câmara para explicar o seu programa político, apesar de ter sido expressamente convidado por duas vezes; a Câmara passa à ordem do dia, retirando os convites não aceitos, protestando altamente contra a desconsideração com que é tratada, e contra tão deplorável infração dos princípios da Constituição."