"É aprovada."
Eloquente protesto do mais puro civismo, que a história pátria levantará à altura que merece para ignomínia da traição.
XXXIII. — O Dr. Furtado subiu algumas vezes à tribuna parlamentar na única sessão da legislatura de 1848. Reproduzo o discurso que proferiu no dia 5 de agosto:
"O Sr. Furtado: — Hoje, sr. presidente, acontece-me o mesmo que ontem, isto é, cabe-me a palavra quando poucos minutos faltam para dar a hora, e isto depois de faltar o nobre deputado por longo tempo, a quem não faltando recursos para preencher a hora, todavia colocou-me no embaraço de falar em hora tão incômoda. Não tendo o nobre ministro dos negócios estrangeiros respondido às observações que ontem fiz, estava eu desonerado de voltar hoje à esta discussão; mas o nobre deputado, que acaba de sentar-se, ocupou-se das minhas observações, falou sobre as cartas precatórias para citações e inquirições, vindas de país estrangeiro, e sobre a extradição de criminosos, por isso direi alguma cousa, posto que o nobre deputado apenas dogmaticamente nos assegurasse, que na Europa usava-se disto e daquilo, que não eram precisos tratados a respeito, sem produzir prova alguma. O nobre deputado disse, que eu tinha aqui asseverado, que a nação que se prestava à extradição fazia-se carrasco da outra; reclamei logo contra semelhante proposição, e não obstante isto, o nobre deputado insistiu e apelou para o jornal...
"O Sr. M. Magalhães: — Não ouvi a sua reclamação, se a ouvisse não insistia.
"O Sr. Furtado: — Creio que o nobre deputado referia-se ao "Jornal do Commercio", pois que o jornal