a estima ou lhe caíam do conceito, dessa vez também pressuroso o empunhou, mas no interesse da própria defesa.
O livro de Tito Franco, não possuindo embora o calor agressivo e o estilo teatral de Timandro, era, talvez, por isso mesmo, um libelo mais impressionante, e calara fundo no espírito do Monarca. Dada a autoridade do autor, em nada revolucionário, partindo os golpes, como partiam, de pena tão brilhante e reputada, achou-se, então, indispensável uma resposta que os pudesse neutralizar.
No tomo LXXVII da "Revista do Instituto Histórico", no Capítulo — "Notas do Imperador" — encontra-se importante depoimento do Visconde de Ouro Preto, que fizera parte do governo ao tempo em que veio a lume a obra de Tito Franco. O depoimento é de 1906, trinta e nove anos após os episódios referidos. Dele transcrevemos aqui os trechos principais:
"Esse livro apareceu quando mais acesa se feria a luta, entre os denominados liberais históricos e liberais progressistas, causando certa impressão. Entendeu contrapor-lhe refutação o gabinete de 3 de agosto de 1866, presidido pelo eminente Zacarias de Goes, e do qual faziam parte os nobres atual Marquês de Paranaguá, primeiro na pasta da Justiça, depois na da Guerra, Conselheiro Martim Francisco, que da de Estrangeiros passou para a da Justiça, Sousa Dantas na da Agricultura, e quem o está recordando mal geria a da Marinha.
"Ao organizar-se esse ministério, ficara com a pasta da Guerra o barão de Uruguaiana, que meses depois se retirou, sendo substituído na pasta pelo Sr. Marquês de Paranaguá. Para preenchimento da vaga aberta foi nomeado o senador Sá e Albuquerque. Falecendo este, a vaga foi preenchida pelo ilustre Sr. Conselheiro