Cartas do Solitário

Vedes bem, meu amigo, o lado por que eu encaro esta questão. Para mim, o emigrante europeu devia e deve de ser o alvo de nossas ambições, como o africano o objeto de nossas antipatias. Além de tudo, eu descubro ainda no desenvolvimento de emigração um grau de resultado, que por ventura poderia fixar ou mudar a face política deste país. O emigrante é, cedo ou tarde, o pequeno proprietário, e na pequena propriedade está o espírito de conservação e liberdade, que caracteriza os habitantes dos campos em todos os países.

Chegado a este ponto, preciso ainda completar a análise histórica que empreendi. Farei na carta seguinte algumas considerações acerca dos motivos que obstaram e atuaram para a repressão do tráfico.

Saúda-vos o amigo

SOLITÁRIO.

Novembro, 12.

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