Cartas do Solitário

Pode-se ter fé nestas fileiras em que combatemos. Os nossos rostos juvenis encontram-se, adivinham-se, animam-se. Um centro poderoso atrai-nos. A impetuosidade do sentimento arrebata-nos. Corremos para a luta, para o abismo, sorrindo. Imaginamos, a dous passos, a vitória e o louro e o regozijo. Fantasias, embora!

É certo, contudo, que os combatentes se multiplicam e brotam da terra como os gigantes da lenda.

Não falta a ninguém a sua tarefa. A escola é nova, os encargos inúmeros.

A liça acha-se aberta. O prejuízo está sitiado. Assinou-se um armistício, mas aplicai a mão à terra: sente-se estremecer nas vésperas da grande batalha...

Batalha das ideias, porquanto, não se trata aqui de um partido político, digamo-lo terminando; serve-se mais a uma escola econômica. Entretanto, é ao programa do partido verdadeiramente nacional que se filiam as ideias destes escritos. Mas, para favorecer a propaganda, evitou-se cuidadosamente a polêmica, assim como, para que o público julgasse a doutrina sem prevenções associadas a nomes próprios, servira-se o autor de um pseudônimo na primeira públicação.

Enxergue-se ou não a sombra de um partido nas paginas do escritor, não há dúvidar de sua sinceridade. Diz o que pensa. É o seu direito. Procurou fazê-lo sem reservas, porque se trata do povo, com seriedade, por bem do assunto e em respeito àquele a

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