Os homens do passado, os velhos, os sábios, os estadistas, os donatários da terra, chamam a isto imitar o exemplo das grandes nações.Parecem ter saudades do napoleonismo político, e é certo que o adoram sob a figura do despotismo administrativo.
Não, nós, os filhos da grande revolução moral do século XIX, assentamos as tendas de viagem sobre a montanha que domina a planície estreita ocupada pelos prejuízos. Para nós, só há uma política possível, um dever, um culto: melhorar a sorte do povo. Mas como? Observando a lei da natureza, isto é, fecundando as fontes vivas do trabalho, instrumento divino do progresso humano,isto é, restituindo à indústria a sua liberdade, a liberdade, sim! Porque ela quer dizer a concorrência universal, a multiplicidade das transações, a barateza dos serviços, a facilidade dos transportes, a comodidade da vida. Falemos hoje da baixa dos impostos, do limite nas despesas, do comércio livre, da navegação desimpedida, a questão de vida e de morte que já foram outrora o processo público, o julgamento pelo juri, o direito eletivo, as liberdades políticas.
Tudo se prende nessa longa série de ideias. Sua fórmula geral, a liberdade. Seu resultado final, o bem do povo. Alumiamos as escabrosidades dos nossos destinos com os esplendores do Evangelho.