créditos postos à sua disposição diante da extensão territorial em que teve de agir para abranger não a totalidade da população indígena espalhada pela vastidão dos sertões, o que era impossível, mas, pelo menos, para acudir os casos mais urgentes nos Estados em que a luta entre o índio e o civilizado reclamava imediata providência.
Confessamos que melhores resultados podíamos ter alcançado, mesmo com aqueles recursos, se o S. P. I. desde o início de seus labores nos sertões longínquos dispusesse de pessoal idôneo.
Em 1930, quando da transformação da administração nacional pela Revolução Brasileira, que passou a dirigir o país, o saudoso diretor interino do S. P. I., doutor José Bezerra Cavalcanti, expôs, perante o novo ministro, sumariamente, a situação do Serviço a seu cargo, para que o novo governo se orientasse a respeito desse departamento administrativo. Dizia:
"O Serviço de Proteção aos Índios foi criado em 1910 no governo do presidente Nilo Peçanha, sendo ministro da agricultura Rodolpho Miranda.
Tem por fim amparar os indígenas brasileiros onde quer que eles se encontrem, defendendo suas vidas e sua propriedade, frequentemente atacadas pelos civilizados, e incorporá-los à nacionalidade brasileira como membros prestantes, cívica e moralmente capazes.
Para conseguir isto dividiu o território nacional em um número adequado de zonas e colocou em pontos principais uma repartição coordenadora dos seus diversos encargos e trabalhos. Essas são as inspetorias. Cada inspetoria, cuja circunscrição abrange um vasto território no interior dos estados, liga-se a esses centros por