uma rede de pequenos núcleos administrativos e de ação direta sobre os silvícolas. Esses são os postos indígenas, que variam de aspecto e de função, conforme se destinam a agremiar e fixar ao solo índios semicivilizados ou a trazer à sua jurisdição os que são ainda inteiramente selvagens.
A tarefa do Serviço de Proteção aos Índios é vasta e múltipla. Vasta pela extensão do território nacional e pela quantidade de tribos existentes; múltipla pela diversidade de civilizações e de necessidade dessas tribos. Seus trabalhos são, portanto, difíceis e requerem pessoal idôneo, em patriotismo, em coragem, em dedicação e pelo tato especial, indispensável no convívio dos aborígenes e variável de acordo com as índoles e hábitos diversos dessas gentes primitivas. Esse tato diplomático não é menos necessário junto aos civilizados que têm relações com os índios. As sedes desses trabalhos são, em regra, regiões longínquas, de acesso penoso e as mais das vezes perigoso, o que também requer capacidade especial de abnegação e condições morais e físicas determinadas.
Apesar disto o Serviço de Proteção aos Índios já pacificou quase todas as nossas tribos amontoadas - habitual e injustamente chamadas de ferozes -, inclusive as que eram consideradas absolutamente indomáveis, tais como os Caingangue paulistas, os Botocudo catarinenses, os famosos Parintintins do Amazonas e os Urubu do Maranhão e Pará; formou diversas grandes fazendas de gado e numerosas roças em que se cultivam todos os cereais; construiu centenas de casas nessas propriedades; abriu mais de um milhar de quilômetros de estradas carroçáveis e algumas para