Índios do Brasil

Os governos de Espanha, desde o início da conquista em que a grande rainha Isabel de Castela se pronunciou em defesa do íncola americano, depois que reconheceram estar sendo ludibriados pelos governadores interessados, procuraram reparar a injustiça, reconsiderando todos os atos anteriores para assegurar, então, a proteção efetiva aos índios e defendê-los não só contra a escravidão, mas também contra a servidão pessoal como pagamento de tributo aos encomenderos.

Bertoni, em seu livro La Civilisación Guarani y Etmologia refere: "El Emperador Carlos V y el Rey Felipe II ya habian dictado Cedulas en que 'se abolia el servício personal de los índios' (P. del Techo, Da Toit. Historia, II, 99). Como los gobernadores no ejecutasen esas cédulas debidamente, el Rey Felipe III em 1600, 'dió una nueva Cédula en que proibia terminantemente el servício personal' (J. C.) y tomó medidas para que tal ordenanza fuese rigurosamente respetada; con buen resultado parcial en Lima, Chile, Tucuman y Paraguai, peru no sin encontrar una oposición obstinada que parcialmente la neutralizara. Y el mismo soberano, en ley promulgada en Lisboa a 13 de Octubre, disponia: 'que ningun índio de cualquier calidad que sea, aunque sea infiel, pueda ser cautivo, ni puesto en esclavitud de ningun modo, causa, ni razon, ni puede ser privado del dominio natural que tuviere de sus bienes, hijos y mujer'". (P. Jarque, "Montoya en Índios").

Felipe IV, aos virreyes, exortava: "Sabeis muito bem que por numerosos decretos, eu e os reis meus antecessores, temos ordenado que os índios dessas províncias gozem de uma inteira liberdade, e não me sirvam senão como os outros vassalos livres de meus reinos".

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