Amazonas, incendiou 700 aldeias matando e aprisionando seus habitantes.
Um cálculo não exagerado, feito por Bertoni sobre o número de reduções existentes e aldeias independentes, das bocas do rio Mar a Gurupá e seus arredores, dá para essa seção do Amazonas uma população de duas milhões e 500 mil almas, ou sejam aproximadamente para todo o vale dez milhões de almas.
Quando Francisco Xavier Ribeiro de Sampaio, ouvidor e intendente geral da capitania de São José do Rio Negro, fez de 1774 a 1775 a visita, e correição das povoações da capitania registrou, no vale do Amazonas e subvales principais, Rio Negro e Madeira, e secundários até o do Javari, a existência de 103 nações de índios e 23 tribos.
Daquelas nações, a mais numerosa encontrada por Pedro Teixeira em 1639 quando subiu para o Napo e passou pela boca do Arrua era a dos Jurimauá.
A mais nobre e mais avançada na evolução geral, reconhecida por Ribeiro Sampaio, era a dos índios Omágua, também conhecidos por Cambeba.
A sede principal do domicílio da famosa e antiga nação era o sítio em que hoje se levanta a cidade de São Paulo de Olivença, primitiva São Pedro.
No tempo em que o capitão-mor Pedro Teixeira navegou e redescobriu o Alto Amazonas até a boca do Napo, onde Orelana penetrara o rio que tomou o seu nome, cambiando mais tarde para o das índias amazonas, de sua ficção geográfica, os Omágua ocupavam 200 léguas das margens e ilhas do rio Mar, da foz do rio Juruá para cima.
Ribeiro Sampaio afirmava haver tradição que esta nação de índios emigrara da Colômbia para fugir da perseguição dos espanhóis.