Orelana em 1541 já os encontrara abaixo da boca do Napo, na mesma zona, em que Pedro Teixeira depois reconheceu-os senhores das ilhas entre a foz do Juruá e a do Javari, guerreando com os seus principais inimigos, os Tecuna.
O intendente geral da capitania do rio Negro julgava-os mais civilizados e racionáveis.
O Omaguá daquele tempo era de cor clara e elegante.
Os seus descendentes ainda vivem no vale do alto Marañon.
Vestiam-se de roupa de algodão. As mulheres eram as tecelãs. Fabricavam cobertas e pano de fio finíssimo.
Foram os Omaguá os descobridores da goma elástica.
Com eles aprenderam outras nações de índios do Amazonas e do Pará a fabricar sapatos, botas, chapéus, vestidos, de goma elástica.
Eram povo guerreiro. Usavam flechas. Seus arcos muito semelhantes às estólicas dos Incas. Palhetas compridas de dois palmos e meio.
Seus inimigos eram os Tecuna e Maiuruna.
Tinham suas aldeias fortificadas, como praças de fronteiras, o que corrobora as afirmativas conhecidas a respeito dos Guarani do Paraguai e do Brasil.
Cabe aqui pequena digressão a respeito da origem destes índios. Bertoni os considera como representantes contemporâneos dos antigos Karaive, embora apresentem algumas analogias - aruako -, certos caracteres karinâ e muitos outros nitidamente neoguarani.
O notável etnógrafo sustenta a tese: "La identidad karai-guarani no excluye cierta evolución karaive-guarani" - "Los largos siglos que la raza ha necesitado para extenderse sobre las immensas regiones que van