negra, o que deu origem a alguns trabalhos do mais alto interesse.
Pouco depois, Gilberto Freyre organizou o I Congresso Afro-brasileiro, realizado em novembro de 1934, dois anos depois seguido do II Congresso, na Bahia, organizado por Edison Carneiro e Aydano do Couto Ferraz. De vários Estados do Brasil acorreram os estudiosos ao apelo que eu lançara da Bahia. De Pernambuco, de Alagoas, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, do Rio Grande do Sul, de outros pontos, surgem contribuições valiosas, algumas delas já publicadas e outras tantas anunciadas.
O nome de Nina Rodrigues, reivindicado através dos nossos trabalhos, é citado entre os estudiosos estrangeiros(2) Nota do Autor,como o grande pioneiro dos estudos científicos sobre o Negro.
E não se poderá acusar hoje a sua Escola, como ainda insistem alguns intelectuais de má fé, de reincidir no prejulgado da tese da inferioridade antropológica do Negro ou da degenerescência da mestiçagem, que fora endossada pelo sábio baiano, preso evidentemente aos métodos e às hipóteses de trabalho da ciência de sua época.
A reinterpretação de Nina Rodrigues tem sido hoje a preocupação dominante dos seus discípulos, no setor dos estudos sobre o Negro. Mesmo porque já ninguém vai perder mais tempo em trazer à tona das discussões pontos científicos, passados em julgado, como estes