CAPÍTULO XVI
A ACULTURAÇÃO NEGRA NO NOVO MUNDO
Lançando uma vista de conjunto sobre as culturas negras no Novo Mundo, verificamos a sobrevivência de alguns padrões culturais africanos, onde se destacam: a) as culturas da subárea ocidental do golfo da Guiné (civilização atlântica de Frobenius); b) as culturas da área do Congo e da área oriental do gado, de Herskovits; c) as culturas do Sudão oriental e ocidental.
Da África ocidental, e especialmente da subárea da Guine, vieram-nos os padrões mais característicos das culturas negro-africanas, como a iorubá, a ewe, a fanti-ashanti. Logo em seguida, vem as culturas bantus (especialmente a angola-conguense), e as culturas negro-maometanas.
No Novo Mundo, como já vimos, esses padrões culturais se distribuíram da seguinte maneira. Na América Inglesa e Holandesa (Jamaica, Bahamas, Guianas Holandesa e Inglesa, nas primeiras colônias inglesas da América do Norte, principalmente nas ilhas Gullah, e na Virgínia), os padrões culturais dominantes vieram da Costa do Ouro (cultura fanti-ashanti): culto dos winti, e de obia, série dos deuses Kromantis, práticas mágicas, ciclo dos contos de Anansi, no folclore, e outras sobrevivências espirituais da Costa do Ouro, estudadas com detalhes entre os Bush Negroes, da Guiana Holandesa e na Jamaica.