cultura originais. Desta forma, o esquecimento dos seus padrões de culturas africanas, favoreceu uma maior aproximação das culturas brancas. Numa comunidade negra contemporânea, nos Estados Unidos, em Harlem, por exemplo, quase não há diferença, na sua vida social, da vida das comunidades brancas. Com justa razão, fala aí Herskovits de um americanismo do negro.(14) Nota do Autor "Em Harlem - escreve ele - nós temos hoje, essencialmente, uma típica comunidade americana".(15) Nota do Autor É só olhar os negros nas ruas, nas casas de negócios, nos teatros, enfim em todos os lugares, em todas as oportunidades da sua vida social. Não há diferença do branco. A aceitação da cultura euro-americana foi perfeita. As sobrevivências africanas, nestas comunidades típicas, não foram suficientes para provocar fenômenos de adaptação e de reação.
Nos outros povos do Novo Mundo, a conservação em grau mais ou menos acentuado dos seus padrões culturais de origem africana, não permitiu o processo da aceitação, a não ser em certos grupos citadinos do Brasil, de Cuba, de outros países. Todas as vezes que se opera o distanciamento dos indivíduos negros dos seus padrões de cultura, vão se acentuando progressivamente as oportunidades do processo da aceitação.
É o que, no Brasil, já se vai observando em São Paulo, no Rio, nas grandes capitais civilizadas. Não há necessidade de apelarmos, na solução dos nossos problemas de contatos de culturas, para nenhum processo biológico de branqueamento arianizante, como advogam ainda certos bio-sociólogos. O contato de culturas não implica