necessariamente contato de raças. E a aceitação, não trará como conseqüência biológica, a arianização; é um processo cultural e psicossocial, que não deve conduzir em seu bojo nenhum problema angustiado de linhas de raça, com todas as conseqüências odiosas que um falso racismo provocou.
A aceitação será o resultado final, todas as vezes que duas culturas diversas se põem em contato. E para esta solução e que se encaminharão os grupos negros, no Brasil e nas outras partes do Novo Mundo.
A adaptação tem sido, até agora, o resultado mais encontradiço da aculturação negra no Novo Mundo. No Brasil, em Cuba, no Haiti, nas outras Antilhas, as culturas negras combinaram-se a padrões de cultura branca, num mosaico histórico, onde é muitas vezes difícil reconhecer os elementos de origem. A Escola de Nina Rodrigues, no Brasil, outros autores, nas Antilhas, estudaram o fenômeno, principalmente nas esferas das culturas religiosas. O estudo do sincretismo religioso no Brasil foi um dos objetos principais das minhas próprias pesquisas. Em outras formas de cultura espiritual e, material, observa-se com frequência a adaptação. É este um processo intermediário de relevante significado, e o que está ainda ocorrendo com mais frequência no Novo Mundo.
A reação sobrevém nos casos em que as culturas negras reagiram mais ou menos violentamente à aceitação dos traços de outras culturas. Entre os negros das selvas da Guiana Holandesa, entre os marrons ou negros fugitivos da Jamaica, entre grupos do interior do Haiti, o processo de reação fez que se conservassem em estado relativamente puro, os padrões culturais originais. Houve aí união íntima entre os representantes de um mesmo grupo de cultura, que reagiram, conjuntamente, ao contato