regiões, os missionários capuchinhos estiveram para desaparecer...
Com a chegada da família real ao Brasil, foragida do tufão napoleônico, no ano de 1808, os capuchinhos, obrigados a ceder o seu hospício aos religiosos do Carmo, agasalharam-se nas casas dos romeiros do outeiro da Glória, no cimo do qual se ergue a ermida de Nossa Senhora, célebre pela devoção do povo carioca. Aí ficaram mal acomodados durante quase 20 anos, à espera de edificar um pequeno convento, de acordo com as exigências da vida religiosa. Durante alguns anos andaram sem teto, nem pouso certo, do outeiro da Glória à igreja Santo Antônio dos Pobres, na rua dos Inválidos, lutando com a má vontade das irmandades e a ingratidão dos homens, até que, pelo ano de 1832, se extinguiu a comunidade dos capuchinhos do Rio de Janeiro. Uns voltaram para as aldeias dos índios, no interior do país, e outros regressaram às províncias de origem, na Itália.
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II - Esse eclipse foi de pouca duração.
No ano de 1840 a Missão dos capuchinhos refloresceu e tornou-se até oficial, pois o Regente Pedro Araújo Lima conseguiu reatar as boas relações com a Santa Sé, solucionando a agitada questão da recusa das bulas de confirmação dos novos bispos propostos pelo Governo. Assim, antes mesmo de proclamada a maioridade de D. Pedro II, por Aviso de 12 de maio de 1840, dirigido a Monsenhor Fabbrini, encarregado dos negócios da Santa Sé no Brasil, o Governo Regencial se obrigava a pagar a passagem dos missionários e, a cada um, a diária de $500.(4) Nota do Autor